sexta-feira, 1 de junho de 2012

Guardas Municipais de Pirassununga denunciam assédio moral

Guardas Municipais de Pirassununga denunciam assédio moral de supervisor.



Guardas municipais de Pirassununga (SP) denunciam que estão sendo vítimas de assédio moral por parte de um supervisor da corporação, que ocupa um cargo comissionado. Os funcionários dizem que são humilhados e convivem com os excessos dele.
Os guardas dizem que o assédio começou desde a posse do supervisor atual supervisor Jairo Pereira da Silva, há três anos. “Nós chegamos para trabalhar e nós ouvimos, por exemplo, ‘eu vou punir o guarda, eu vou ferrar o guarda’”, disse o guarda Sérgio Antonio da Silva.

Um dos guardas mais antigos da cidade, que preferiu não se identificar, disse que também já foi vítima de excessos. “Tem que ir ao banheiro escondido, tem que beber água escondido, porque se ele pega você fazendo essas necessidades ele acha que você está enrolando com o serviço, que vocês está querendo enrolá-lo”, explicou.Silva conta que tem problemas na coluna por causa das tarefas impostas pelo supervisor. “Fiquei afastado três meses por causa de uma hérnia de disco. O médico me informou que foi por ficar exposto 12 horas em pé, com cacetete, arma, colete”, explicou.

Gravações

O comportamento do coordenador foi registrado em uma gravação feita pelos guardas municipais. Em uma das últimas discussões, a briga aconteceu porque o supervisor queria que dois homens trabalhassem em pé por 12 horas.

Coordenador: - Você assinou um acordo do 12 horas, você vai trabalhar 12 horas.
Guarda: - Mas, o senhor acha certo ficar no trânsito, lá, 12 horas em pé, lá, sendo que tem mais guarda? Isso é perseguição, seu Jairo.
Coordenador: - É, perseguição?
Guarda: - Todo lugar tem revesamento, seu Jairo, sempre teve.
Coordenador: - Aqui não tem.
Em outro trecho da gravação o supervisor ofende um dos guardas.
Coordenador: - Não existe mais troca de 2 horas. Acabou a moleza suas. Vocês tem que tomar no ***** que é para aprender direito.
E as agressões continuaram.
Coordenador: - Não fica rindo atrás de mim, não, moleque. Aqui não.
Guarda: - Não sou moleque não, sou pai de família, não sou moleque, não.
Coordenador: - Tá bom, tá bom.

Por causa disso, segundo os funcionários, o supervisor tem dois processos na Justiça. Em um deles, de 2010, foi condenado por injúria à honra e foi condenado a pagar cestas básicas.Ao todo, 73 guardas municipais trabalham na corporação de Pirassununga. A maioria diz que já sofreu algum tipo de humilhação.
Para o guarda municipal Joaquim Mendes Pita, isso prejudica o serviço à comunidade. “Toda essa pressão que acontece acaba despreparando nosso psicológico e não resolve a situação da melhor forma possível”, afirmou.

Outro lado

A reportagem do Jornal Regional procurou o supervisor Jairo Pereira da Silva, mas ele se recusou a falar com a equipe.
Durante a tarde desta quarta-feira (23), a reportagem tentou ouvir a Prefeitura de Pirassununga sobre o caso.
Por telefone o secretário de Segurança Pública, Emílio Wagner Corrusqui, disse que não tinha nada a declarar.
O secretário de Governo, Valdir Rosa, também não se manifestou.

Alunos do Centro Paula Souza visitam o asilo São Vicente


Denúncia aponta uso irregular de equipamentos no Centro Médico de Pirassununga/SP


Uma enfermeira do Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Pirassununga (SP) denunciou que alguns equipamentos estão sendo manuseados com negligência, além de outras irregularidades. Nesta quarta-feira (30), Royce Victorellu Vargas prestou depoimento ao Ministério Público.
A enfermeira, que é responsável pelo centro de material e esterilização da prefeitura, trabalha há dois anos no setor, que funciona no Centro de Especialidades Médicas. Ela tirou fotos dos locais onde haveria irregularidades.
Uma delas mostra o reaproveitamento de pinças para endoscopia. O material deveria ser descartado depois do uso, mas, segundo ela, não é o que acontece. “Usavam, lavavam, o paciente saia, vinha o próximo e eles reutilizavam. Eram sete biópsias por dia com a mesma pinça”, explicou.
As fotos também mostram toalhas de uso dos funcionários e pacientes sendo guardadas em um armário no banheiro, ao lado do vaso sanitário.
A sala de material e esterilização, que recebe instrumentos sujos e contaminados, é a mesma onde o material limpo fica guardado. Royce disse que instrumentos sujos e limpos são transportados no mesmo veículo da prefeitura, provocando a contaminação. “Roupa cheia de sangue junto com a roupa limpa”, disse.
Não há separação dos ambientes, o que, segundo ela, é contra as normas de vigilância. A situação era para ser provisória e durar um mês até que a reforma da antiga sala fosse concluída. No entanto já se passaram meses e a enfermeira explicou que a obra ainda não terminou. “Lavamos materiais com sangue, secreção vaginal, do jeito que jogamos o material, tem um ralo embaixo e sobe toda essa água e vem para nosso pé”, afirmou.
A enfermeira disse que a prefeitura só enviou os equipamento de proteção depois que uma funcionária se feriu com uma tesoura contaminada e foi afastada do trabalho. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público.Denuncia também que ela e uma técnica em enfermagem trabalham na sala sem os equipamentos de proteção corretos. Royce afirmou que as luvas deveriam ser de cano longo e material mais resistente. Ela enviou ofícios à prefeitura pedindo os equipamentos de proteção, sendo um deles de 2011.
Ambas prestaram depoimento nesta quarta-feira e a promotoria aguarda um relatório de inspeção da Vigilância Sanitária do estado para seguir com as investigações.
Reposta do Governo Municipal
A secretária de Saúde, Miriam Daisy Calmon Scaggion, rebateu as acusações. Ela disse que assumiu o cargo em agosto do ano passado e até hoje só recebeu um pedido para a compra de equipamentos de proteção. “Recebemos o pedido em fevereiro, parte foi imediatamente providenciada e o restante estava sendo providenciado”, disse.

Sobre o transporte de materiais, a secretária disse que eles são feitos em embalagens lacradas, sem risco de contaminação. O armazenamento de toalhas foi feito temporariamente em um banheiro desativado por causa das reformas na unidade. “Não havia uso, por isso ele estava sendo usado como depósito, mas isso também já foi regularizado”, afirmou.
Ela ainda disse que a sala provisória foi escolhida pela funcionária que responde pelo setor, mas o processo de esterilização deixou de ser feito no local, sendo tudo enviado para a Santa Casa de Pirassununga.Miriam mostrou para a reportagem do Jornal Regional a antiga sala que está sendo reformada para receber novos equipamentos. A obra começou em janeiro com previsão de 90 dias, mas precisou ser prorrogada e deve terminar em junho.
Explicou também que o vazamento de água foi um problema pontual já resolvido.
Sobre a denúncia da reutilização de pinças de endoscopia, a secretária alegou que a resterilização não poderia ser feita a vapor, mas é procedimento comum usar produtos químicos. Há um mês, os exames foram cancelados e a prefeitura comprou novas pinças de outro material que permite a esterilização convencional.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que as pinças usadas na endoscopia podem ser reutilizadas desde que sejam esterilizadas de forma correta e seguindo as orientações do próprio fabricante.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Decreto Municipal. Segurança Pública Municipal assume o trânsito do município



A Imprensa Oficial do Município de Pirassununga publicou em sua última edição o decreto nº 4.654. No decreto, ficou definido que a Secretaria Municipal de Segurança Pública assume definitivamente o trânsito do município.
Segundo o decreto, a Secretaria de Segurança Pública terá a competência para “exercer as atribuições referentes aos Órgãos Municipais Executivos de Trânsito Urbano e Rodoviário e pelas demais resoluções do Contran – Conselho Nacional de Trânsito”.
Desta forma, o decreto diz que o secretário de Segurança Pública, Cel. Emílio Wagner Kourrusk atuar como autoridade municipal executiva de trânsito urbano e rodoviário, no âmbito da circunscrição do município de Pirassununga.
O decreto entrou em vigor na data de sua publicação, no último dia 13 de janeiro de 2012.